segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Entre a paixão e o amor...

Houve um tempo que pensava que deveríamos nos apaixonar uma vez só na vida e nos mantermos sempre a apaixonados. Isso resolveria grande parte dos problemas da humanidade.
Quem pensaria em guerra estando apaixonado?
Quando estamos apaixonados não pensamos em dinheiro (já dizia Tim Maia).
A paixão nos faz ficar mais leves, despreocupados, portanto os índices de stress diminuiriam, reduzindo também um grande número de doenças.
Quando estamos apaixonados, não sentimos fome. Parece que estamos tão embevecidos daquele sentimento que nos esquecemos de comer, logo ninguém precisaria de dieta.
A paixão nos torna mais sensíveis, ficamos de bem com a vida, tudo se torna mais bonito, colorido. Até o nosso vizinho que era um chato, passamos a cumprimentar de forma alegre. E para a nossa surpresa, ele responde com simpatia. Talvez nem fosse tão chato assim, era paixão que faltava.
Quando nos apaixonamos apenas destacamos as qualidades do outro. Os defeitos passam despercebidos, podendo ser até considerados como algo engraçado e charmoso.
Quando estamos apaixonados só temos olhos para aquele ser, e o desejo sexual é muito grande. Certamente não haveria divórcios se a paixão fosse constante.
É...porque será que ela acaba? Será que acaba mesmo ou somos nós que acabamos com ela?
Depois de muito pensar sobreo assunto, fiquei imaginando que tudo tem um sentido nesse mundo, a natureza é sábia e deve haver uma razão para que a paixão acabe. E na verdade, como tudo nessa vida ela não acaba, se transforma.
Pensemos no amor como um ser humano e nos ciclos da vida.
A paixão é o início, seria a crianças que quando nasce está atenta a tudo, anseia compreender o mundo, a criança é inocente, feliz por natureza, não se estressa, esquece de comer, enfim é apaixonada pela vida.
O jovem entra em crise, já não sabe mais quem ele é, não é mais criança porém também ainda não é adulto e isso gera uma confusão, então ele precisa de orientação. Seria a fase em que a paixão está começando a se transformar em um amor, mas ainda não está maduro suficiente, podendo correr o risco de perder-se ou jogar-se a aventuras.
Na fase adulta, vem a maturidade, o ser já se conhecer melhor, já se afirmou como indivíduo e sabe o quer. Esse é o amor maduro.
Portanto, respeitando o ciclo natural da vida sei, que não podemos, nem devemos permanecer crianças.
Então o que é necessário realmente é aprender a como transformar nossas paixões em amores maduros. E para isso precisamos antes aprender a transformar nossas crianças em adultos maduros.
Infelizmente ser adulto não é sinônimo de ser maduro. A maturidade vem com as experiências que vivemos e de como tiramos proveito delas. Vem, sobretudo de sabermos aprender com nossos erros e acertos e principalmente observar o mundo ao nosso redor e as pessoas e suas historias de vida. A vida realmente não passa de uma grande escola, basta estar abertos para receber os conhecimentos!


2 comentários:

Cíntia disse...

Nossa Deby adorei o q vc escreveu sobre paixão e amor. Tenho pensado muito sobre amor, paixão. lembro quando era adolescente mais nova, eu não pensava muito em paixão, amor; me apiaxonava, amava, me jogava mesmo, sem medo. hj a vida me fez mais reflexiva e cautelosa, ou seja, tenho me apaixonado menos, o que não é nada legal. Estar apaixonada é ter um calor dentro de si. É bem como vc falou até os defeitos e as coisas ruins viram enfeite! mas tudo tem seu tempo, acredito nisso pois comigo tem sido assim! e tem dado certo.Então, acredito que no momento certo as pessoas aparecem em nossas vidas, não apenas para aquecer nossa alma, colocar fogo no nosso coração, mas para ensinar coisas sobre as emoções que muitas vezes nossa razão não permite.
Lembrei do filme "diário de uma paixão" lindo de viver!
Deixo aqui um trecho do filme que traduz bem o sentimento de quem ama pra valer!

"...O melhor amor é aquele que acorda a alma
E nos faz querer mais
E coloca fogo em nossos corações
E traz paz à nossas vidas
E foi isso que você fez comigo
E era isso que eu queria ter feito com você para sempre ..."

Apaixone-se!

Débora disse...

Que bom que gostaste Cintia, adorei o comentário do filme, vou assitir!
O negócio é aproveitar o hoje, viver o presente mesmo né?
Tambem já não sinto essa facilidade de me apaixonar...acho que isso tá começando a mudar, porque tenho pensado mais em viver o momento, permitir sentir mais e racionalizar menos. mas nunca deixo a razão totalmente de lado porque ela nos permite evitar umas roubadas ás vezes né? A maturidade tem suas vantagens! rsrs