segunda-feira, 23 de maio de 2011

Toda vez que a música acaba, o sol se põe, a cortina se fecha, vem o ponto final.
A luz se apaga, a porta bate, o ônibus desaparece na curva, o relógio pára. O café termina, o romance se esvai, o show encerra sem bis.
Surgem as estrelas, os bastidores do camarim, a pausa da narrativa, o escuro, o eco, a fumaça, o cheio, as memórias, a exaustão.
Abre alas ao silêncio, ao vazio, ao aconchego do refúgio e ao imprescindível descanso que aguarda a nova melodia.

Débora Borsatti